Modding: a personalização de computadores
Trabalho se dá tanto na parte externa quanto na configuração do equipamento
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Talvez você já tenha visto por aí alguns daqueles computadores coloridos, temáticos, com coolers de água e iluminação de led. Essas modificações nas máquinas, tanto na parte externa quanto nas configurações internas, são chamadas de case modding.
E o modding não se restringe a PCs bonitos e exuberantes. As alterações também tem como finalidade aproveitar ao máximo as capacidades de cada máquina e desenvolver configurações particulares para os usuários. Até mesmo as grandes fabricantes já estão pensando nisso. Um exemplo são os netbooks, feitos para as pessoas que precisam de acesso a internet, recursos básicos e fácil mobilidade. Ou esse outro computador, que tem como principal objetivo ser um media center doméstico. Para não poluir o visual da sala de ninguém, o aparelho tem formato diferenciado e capas para os mais variados gostos. Ou seja, o case modding começa a deixar de ser apenas um hobby para os fãs de informática e começa a ganhar ares de novo campo profissional. Lair embarcou nessa. Ele é designer e, em 2009, abriu uma oficina para projetar computadores direcionados para campos profissionais segmentados.
É aqui, nessa pequena e improvisada oficina, que Lair cria suas máquinas personalizadas. A equipe desenvolve protótipos de computadores para serem fabricados em série. Os trabalhos são focados, principalmente, em campos profissionais diferenciados. Assim, arquitetos, dentistas ou engenheiros podem ter uma máquina que atenda às suas necessidades específicas. Um designer, por exemplo, pode depender o tempo todo de um tablet, enquanto um editor de vídeo precisa de uma placa gráfica potente.
“Uma coisa é você quebrar o galho, colocar uma fitinha de durex, durepoxi e tal, pra aquilo ficar bonitinho. E outra coisa é você fazer algo que é realmente compatível com o maquinário de produção, que é compatível de se produzir em série. Sem problemas e com um custo agregado bem menor.” Lair Antônio Moreira - Designer
Depois de analisar as funções a serem exercidas pela máquina, o projeto ganha os primeiros traços no papel. Em seguida, os esboços vão para o computador. Terminada a fase de projeto, a equipe bota a mão na massa e começa a confeccionar o computador. A oficina é responsável apenas pelo projeto e pela produção do protótipo. Depois disso, o PC vai para a fábrica para iniciar a produção em série. Ao todo, são mais de 18 profissionais vinculados aos trabalhos na oficina, cada um exercendo sua especialidade,que pode ser design ou até mesmo hardware.
“Às vezes, a gente divide o trampo. Quase todo mundo faz a mesma coisa. Mas quando chega alguma coisa mais complicada tem a certa pessoa para fazer.” Marcos Baraúna - Técnico em informática
O case modding pode criar computadores com grande desempenho e preço inferior a muitos encontrados no mercado. Durante a Campus Party de 2009, Lair exibiu uma de suas criações, o projeto Wolf Clean, e acabou premiado entre as máquinas de melhor desempenho. Para você ter uma ideia, o computador conseguiu bater o rendimento e a refrigeração de computadores Mac. 3 mil reais foi quanto custou a máquina. Já um Apple com especificações semelhantes é encontrado no mercado por 7 mil reais.
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